Das trevas para a luz - como saí do espiritismo kardecista



Elenilda Gramiscelli Sales
Graça, misericórdia e paz a todos!

Venho trazer o meu testemunho, não de envolvimento dentro do kardecismo, como forma de uma religião, mas de uma vida fundamentada nos ensinamentos espiritualistas. Falo com propriedade, porque conheço... e espero ser edificante, para outras pessoas que também são o grande alvo do amor de deus...


Venho de uma família enredada no kardecismo. Ainda muito pequena, meus pais me levavam para as reuniões do centro que frequentávamos e também em reuniões feitas em casas. A nossa casa era repleta de livros de Kardec, Emmanuel, e outros, cujos nomes, não me lembro, porque era muito nova. Nossa vida era moldada segundo os ensinamentos do kardecismo. Sabíamos das outras correntes que se utilizavam do espiritismo, como a umbanda, o candomblé, e outras, mas as considerávamos maléficas e uma forma errada de se viver o espiritismo, em cuja base, víamos a propagação do amor.

Anos e anos a fio, e milhares de experiências nos cercaram. Entretanto, uma delas me marcou muito. Foi a morte de um primo meu, com apenas oito anos de idade, num acidente fatal com uma escopeta, no sítio dos avós em Sete Lagoas (MG). Este acontecimento me marcou não por quão trágico foi, mas pelo que havia sido dito quando do nascimento do menino. Os dirigentes do centro que toda a família frequentava junta, disseram aos pais da criança que procurassem não se apegar demasiadamente a ela, pq não viveria mais que oito anos nesta vida. Segundo eles, o resgate que precisava fazer era muito pequeno, motivo pelo qual não precisaria ficar muito tempo entre nós. Também havia sido dito que o André era o avô de seu próprio pai atual, reencarnado. A criança era muito inteligente, a ponto de não poder estudar entre crianças de sua faixa etária. Foi um choque para toda a família quando o perdemos, pois nem queríamos nos lembrar do que nos fora dito oito anos antes de tudo se cumprir.

Os anos se passaram e mais experiências foram reunidas ao nosso acervo de memória familiar. Íamos e voltávamos do centro, levando as coisas aprendidas ali, e a água fluidificada para nossa casa. Eu participava do teatro. Meus pais eram ofertantes e participantes da "campanha do kilo".

Mais anos se passaram, eu cresci, tive um filho e me mudei. A situação financeira da família declinou muitíssimo e precisaram vender o carro que os levava para o centro. Foi aí que, os meus pais passaram a frequentar um outro centro, este era de umbanda, de mesa branca. Minha vida sentimental era uma desordem e numa das vezes que voltei a morar com eles, passei também a frequentar o mesmo centro. Passando assim um período de cinco anos. Cinco anos entrando e saindo de uma reunião às quartas-feiras, onde víamos os guias receberem em seus corpos, os espíritos de desencarnados familiares ou não, que estavam perturbando as vidas, e os ouvíamos dizer em que atuavam e o que causavam e podíamos concordar com os efeitos em nossas vidas, fossem eles aparentes, ou não.

Ao longo do percurso de toda a minha vida, até os 28 anos de idade, cresci numa casa onde o misticismo e a superticiosidade ditavam as regras. Água fluidificada, sal grosso, defumadores, banho de rosas, remédios à base de raízes receitados por "guias receituários", benzimentos, passes, vultos e aparições, mau olhado, patuás, elefantes com as costas para a porta, horóscopos, e mais uma infinidades de coisas que se vai absorvendo com o passar dos anos.

Mudei novamente, fui morar no lote de um casal de cristãos, com o filho deles (mas não eramos casados). À essa época, eu trabalhava como programadora autônoma e vivia para isso, e não apenas usava isso para viver. Me achava possuidora de uma mente privilegiada e me interessava por relatos acerca de minhas vidas passadas. Passava então a maior parte do meu tempo programando. Me tornei uma pessoa calculista e metódica. Excessivamente lógica. O raciocínio era a base de minha vida e não suportava conviver com pessoas com alguma dificuldade de raciocínio.

Não demorou muito para tentarem me apresentar o evangelho. E também não demorou muito para descobrirem o quão difícil seria mudar as minhas crenças e conceitos. O símples fato de me chamarem para participar do culto que faziam em sua casa, me levava a colocar meus cd's de nova era, ou legião urbana, ou pink floyd, ou qualquer outro no último volume e a cantar bem alto da janela só para atrapalhar. Na verdade, eu não mexia com eles, e me irritava porque eles mexiam comigo. Eu não pregava sobre espiritismo para eles, a menos que viessem tentar me empurrar o evangelho deles.

Eu tinha aversão a crente, é verdade. Os considerava um povinho sem instrução, guiados como cordeirinhos sem nenhum esclarecimento sobre as coisas profundas do universo, e mesmo do deus que diziam servir fervorosamente. Possuidores de uma fé medíocre, cercada de fanatismo, e baseada num livro antiquado, cuja origem não inspirava confiança.

E assim se passou mais algum tempo de minha vida, respondendo frequentemente o mesmo não cético de sempre, aos convites que me faziam aos cultos na casa acima, e me irritava a idéia de que eles orassem por mim. Nesse mesmo tempo, eu ainda participava das reuniões do centro no bairro da minha mãe. Mas mês após mês, aquele povo me incomodava cada vez mais. Queria mostrar para eles que também me dava bem. Ora vamos! Será que esse povo crente pensa que só eles é que conhecem a deus? Como são petulantes e insistentes ao falar dessa tal paz que excede todo entendimento e dessa alegria no coração e de remissão de pecados? Como deus pode perdoar assim meus pecados? Como são estupidamente convictos assim? Isso é fanatismo!!! E assim eu punha um ponto final na questão. Mas o fato é que a minha vida não era completa. Havia um vazio, mesmo que os armários estivessem cheios de tudo o que precisava, mesmo que me distraísse tomando as minhas cervejinhas com o filho rebelde dos irmãos. Mesmo quando olhava a minha volta e considerava comigo mesma que tudo à minha volta transcorria da melhor maneira possível. Mesmo que eu acabasse de sair da reunião no centro com minha mãe. Havia uma pergunta dentro de mim que não calava, e eu desconhecia sua origem. Na verdade, dentro de mim, algo gritava por um amor, mas um amor supremo, do qual alguns diziam, mas nunca havia experimentado... Mas afinal, fugia de pensar nisso me voltando para a lógica dos computadores e das minhas escolhas racionais, afinal, era só rejeitar tudo o que não era lógico e pronto. . .

Afora este vazio, que dormia e acordava comigo, dia após dia, o qual tentava ofuscar com minha turbulenta vida sentimental e com o meu exaustivo trabalho, tudo corria bem, até que... O que eu mais temia me sobreveio.

Em 29/01/2000 (nessa época morava com o mesmo rapaz, mas agora na casa de meus pais) comecei a sentir dores fortíssimas na mão esquerda, que logo se estenderam por todo o braço, indo até o pescoço. Entrei em desespero e comecei a usar o computador com maior freqüência, pois não queria aceitar jamais o que estava acontecendo. Agora trabalhava num emprego fixo (sem carteira assinada), no escritório de um dos meus clientes. Os meses foram passando e minha mão piorando, mesmo assim, em maio resolvi fazer um curso de Delphi no Senac. No mês seguinte, a mão direita começou a doer também, tão fortemente quanto à esquerda. Sentia as minhas mãos atrofiando e perdia o controle das coisas que tentava segurar. Tinha dormências e muita dificuldade de fazer coisas simples como, segurar num ônibus, ou torcer um pano. Em outubro, do mesmo ano de 2000, já estava com as duas mãos totalmente debilitadas. Nesta época, já havia me mudado novamente para venda nova. Para a mesma casa dos pais do rapaz, com quem vivia. Eu andava muito deprimida e não tinha mais esperança. Afinal, meu mundo era voltado para a lógica humana, e na lógica humana, era normal vir a ter l.e.r., depois de 10 anos programando. Mesmo assim eu não aceitava que isso tinha acontecido comigo, logo eu, alguém que amava mais a minha profissão do que a mim mesma, ou a meu filho, ou aquele com quem vivia!!!

Comecei a ficar revoltada, e atendi a um sentimento que vez por outra permeava meus pensamentos tão logicamente formulados: deus não existe!!! É tudo mentira!!!

Era aproximadamente 3 horas de uma madrugada qualquer. Havia deixado de trabalhar com programas por mais ou menos 30 dias, tentando descansar as minhas mãos para talvez fazer um uso mais ponderado do micro, pensando que assim poderia continuar. Mas com menos de 30 minutos, começaram as dores. Ora! Programar requer raciocínio (que flui muito bem pela madrugada, onde nada poderia tirar a atenção), mas como programar sentindo dores? Impossível!!! Foi então que, num momento de profunda revolta e agonia da dor, exclamei:

Se existe mesmo um deus, e se ele me ama, como esse povo anda por aí dizendo, como ele consegue me ver e me deixar nesta situação? Será que ele não percebe que estou ficando aleijada? Ou será que ele tem prazer nisto?

E uma sugestão me subiu ao coração, como um alento, desafiador, mas perfeitamente lógico:

Por que você não tenta? Se não der certo, ninguém precisa saber!

Atendendo àquele impulso, cuja origem eu desconhecia naquele momento, abri a porta da casa, me pus de joelhos no quintal da casa e fiz a minha primeira oração ao deus que os crentes vinham tentando me apresentar. Na minha oração colocava para deus alguns questionamentos bem diretos; pensava eu:

Deus, se o senhor existe mesmo, se me ama mesmo, e se está no meio dessas pessoas que vem aqui falar na minha cabeça, e se o senhor pode me curar, o senhor vai me curar! E onde eu for, eu abrirei a minha boca e contarei o que o senhor me fez e te servirei o restante dos meus dias!!!

Não entendia nada, mas comecei a experimentar naquela hora uma sensação tão maravilhosa dentro de mim, um gozo e uma alegria incondicional que jamais havia sentido, por mais que a procurasse. Imediatamente procurei a igreja, (em 19/11/2000, recebi ao Senhor Jesus como único e suficiente salvador da minha vida, na Igreja Batista de Nova América, em meio a muitas lágrimas de alegria). Dias depois, vendi o meu computador, pois como a minha profissão era o sustento da minha casa, agora aquele meu chamado "marido" precisaria trabalhar.

Os meses que se seguiram foram financeiramente catastróficos, aconteceram muitas brigas entre nós e ele passou a me odiar muito por causa da igreja e das transformações que ocorriam em minha vida. Mas os problemas podiam ficar 10 vezes maiores que não tiravam a minha alegria. Comecei a ler muito a palavra de deus. Resolvi deixá-lo, uma vez que era de um temperamento totalmente agressivo e defendia idéias nazistas. Ao voltar para a casa de meus pais, precisei procurar um emprego. Em julho de 2001, comecei a trabalhar e cerca de dois meses depois, trabalhava no faturamento de uma empresa de planos de saúde. Foi quando constatei que havia sido mesmo curada da doença, que para os médicos não tem cura. Cujo tratamento consistia em me afastar do computador definitivamente. Trabalhei nos próximos 3 anos e meio sem ter mais nada. E não tenho até hoje. Porque o senhor me curou. Ainda tenho comigo as luvas que usei, para tentar amenizar a dor (e não adiantam), e uma guia de encaminhamento médico para a medicina do trabalho.

Durante os meses que se seguiram ao início da minha caminhada com Jesus, muitos questionamentos surgiram na minha mente, acerca da minha antiga crença, e através da palavra de deus, pude respondê-los satisfatoriamente:

1)quando era kardecista, aprendi que o evangelho de Allan Kardec era baseado no livro de Lucas, extraído, portanto da bíblia. Sempre questionei, portanto, porque não estudávamos toda a bíblia então, sem nunca obter dos meus instrutores, uma resposta convincente. Em hebreus 4:12, temos: porque a palavra de deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.

2)posteriormente fui compreender que a doutrina do espiritismo é contrária aos ensinamentos bíblicos. Por essa razão, os livros de Kardec, falam de Jesus, mas de um Jesus que é respeitado por ter sido o maior dos médiuns, e não de um Jesus rei dos reis e senhor dos senhores, que venceu na cruz a morte e livrou aqueles que crêem nele da condenação do inferno. Em hebreus 7:24-25, temos:

24. Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.

25. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a deus, vivendo sempre para interceder por eles.

3)aprendi no kardecismo que precisamos reencarnar várias vezes para adquirirmos uma evolução espiritual. Posteriormente, aprendi que assim eles invalidam o sacrifício único e vicário de Jesus e sua morte expiatória, propiciatória da redenção, pela remissão de pecados, possível a todo ser humano que crê, suficientemente e de uma vez por todas! Hebreus 9:28, diz: assim também cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.

4)aprendi no kardecismo, que podíamos nos comunicar com nossos parentes e amigos falecidos. A necromancia é condenada por deus, em Levítico 20:27, temos: quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um espírito de necromancia ou espírito de adivinhação, certamente morrerá; serão apedrejados; o seu sangue será sobre eles

O capítulo 28, de 1º Samuel é um exemplo claro de porque deus proíbe a comunicação com os espíritos. Em Hebreus 9:27, temos: e, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,

Em Eclesiastes 12:7, temos: e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a deus, que o deu.

Logo, todos estes concordam com a citação de 2 Coríntios 11:14, onde temos: e não é maravilha, porque o próprio satanás se transfigura em anjo de luz.

5)com relação à convicção do crente, que tanto me incomodava. Aprendi que ela é a razão de nossa alegria, pelo espírito derramado em nós. E em Romanos 8:16, temos: o mesmo espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de deus.

Vencidos estes questionamentos, pela palavra de deus, e pela maravilhosa presença do espírito santo em mim, que por si só já é o bastante, pude me fundamentar melhor na palavra de deus e hoje experimento, para a glória do senhor, o resultado das orações dirigidas a ele, quando pedi, que abrisse o entendimento dos meus familiares e lhes mostrasse a verdade. Hoje minha mãe e minha irmã já servem ao senhor, e meu pai e meu irmão já estão confusos em seus argumentos em defesa do espiritismo, porque no espiritismo não há proposta de transformação de vida, a qual só os nascidos de novo, pelo espírito santo, que receberam a Jesus, podem experimentar.

Minha intenção não é ser arrogante, nem fazer apenas apologia ao cristianismo. Mas é dar exemplo naquilo que vivi, e passei anos crendo ser a verdade, e defendia com veemência. Eu quis buscar a um deus que diziam ser criador de todas as coisas, para obter a cura das minhas mãos. Encontrei muito mais que isso. Não usei argumentos teológicos para apresentar aqui, não estudo teologia. Apenas me vali destas poucas passagens para satisfazer aos questionamentos que você também pode passar por eles. Quanto ao que vivi no passado e o que vivo hoje com Jesus, não há nem sombra de comparações. Há uma passagem da bíblia, conhecida por todos, mas que expressa a grandeza desse deus de amor, que ama a mim, e a você: João 3:16-17

16. Porque deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

17. Porque deus enviou o seu filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

Eu desafio a você, não com arrogância, mas com o amor de cristo em mim, a buscar a sua própria experiência com Jesus. Ele está pronto para te ouvir, como esteve no dia em que eu abri a minha boca e pedi. Experimente! Seja qual for o anseio do seu coração. Ele o conhece.

Eu pensava que havia encontrado a porta certa, e tinha a meu favor as minhas convicções e as experiências pessoais e de família, com o espiritismo. Mas o Espírito Santo é maior do que qualquer experiência que pude ter, e tornou em frangalhos as muralhas que construí para me defender e guardar a minha crença...

Que deus abençoe a todos, e que o Espírito Santo fale aos corações, como falou ao meu naquela madrugada.

Amém.

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O PLANO DE DEUS PARA A SUA SALVAÇÃO

Primeiro você precisa saber:

1)Boas obras não salvam (Efésios 2:8,9 / João 14:6 / Tito 3:4-7)
2)Todos pecaram inclusive você (Rom 3:23)
3)E por isso todos estão indo para a morte eterna (o Inferno) (Rom 6:23)
4)Mas Deus nos amou tanto que enviou Jesus Cristo para nos salvar (João 3:16 / João 14:6 / Romanos 5:8 / Lucas 5:32)

E assim se você...

1) Crer no Evangelho (Corintians 15:1-4) que Jesus morreu por nossos pecados, foi enterrado e ressuscitou do tumulo ( Romanos 10.9-10).

2)Confessar que Jesus é Filho de Deus (Atos 8:37) e seu único e suficiente Senhor e Salvador.
3)Arrepender-se dos pecados em sua vida (Lucas 13:3)
4) Ser batizado em Cristo para o perdão dos pecados (Atos 2:38)
5) Ser perseverante até a morte (Mateus 10:22) (Apocalipse 2:10)

“Eis aqui agora o dia da salvação” (2 Cor 6:2) Ninguém sabe quanto tempo vai viver,não adie a maior decisão que você tem a tomar na vida. Converse com Deus em uma oração simples, se arrependa, confesse, creia e clame:“Jesus me perdoa, me salva, me lava, me transforma!”E assim você poderá ter absoluta certeza da salvação.

Fonte: Editora Elim –
http://www.editoraelim.com.br/como_ir_para_o_ceu.php#ceu

ESTA PODIA TER SIDO A SUA VIDA